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Escândalo
Laboratórios começos

Arte: Lídia Ganhito | Estúdio Pavio

Os Laboratórios Começo tem o intuito de dar o impulso inicial para o novo processo de criação do Grupo VÃO. Serão quatro laboratórios, um com cada integrante do grupo. A cada laboratório, uma das artistas irá propor investigações a partir de ideias, desejos, práticas e procedimentos a serem experimentadas em coletivo e em diálogo com o novo processo de pesquisa e criação do grupo. 

 

Cada laboratório é destinado a um grupo de 30 pessoas e acontecem no mês de maio, 

um por semana, com carga horária de 12 horas cada (9 horas pelo zoom + 3 horas offline). Atividade online pela plataforma Zoom

 

SOBRE OS LABORATÓRIOS

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AUTOCATAÇÃO

com Juliana Melhado

Dias 03, 04 e 06/05

2a, 3a e 5a das - 16h às 19h

no zoom + 3h off-line

Manutenção de vínculo. Intimidade. Obscenidade. Acordo social. Isolamento. Toque. Vida 3D, vida 2D, espelho. Ver o seu rosto o tempo todo. Falar olhando para a câmera voltada para si. Envelhecer. Sinais do tempo na pele, sinais da pele, a pele e seu caminho de afago e filiação. Há um tempo entrei em contato com textos de zoologia sobre "grooming'', o ato de catar piolho praticado por muitas espécies de mamíferos. Desses textos e vídeos surgiram algumas ideias que estão me motivando a pensar esses dias de encontros e propor experimentações corporais que desdobram do universo que essas reflexões podem compor. O laboratório tem 03 encontros on-line e 03 horas off-line que serão dedicadas a uma pequena proposta de criação que será realizada por cada participante e compartilhada no último dia de encontro. Não precisa ter  experiência em dança ou formação artística. É um laboratório aberto a todes que se interessarem pelo tema e estiverem a fim de embarcar nessas experimentações corporais e criativas.

 

Juliana Melhado é artista independente, educadora e eutonista em formação. Se interessa por processos artísticos e pedagógicos que fomentam a autonomia e reflexões sobre sexualidade e gênero. Tem formação em dança pela Unicamp e especialização pela UFBA. Desenvolve o projeto solo "Eu posso sentir o seu poder!" desde 2013 e integra e co-dirige o Grupo VÃO desde 2009.

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BROTAR

com Isis Andreatta

 

Dias 10, 11 e 13/05
2a, 3a e 5a - das 16h às 19h
no zoom + 3h off-line

 

Para este laboratório tenho perguntas. Algumas pistas. Mover é uma necessidade. Praticar junto também. O quê? A descoberta do que vem a partir do momento em que o último jato de fumaça se esgotou, os assobios cessaram, a luz piscou. O instante preciso antes de voltar para o escuro. Antes de morrer novamente. 

 

Que força é essa que faz uma vida nascer da aridez, da desesperança, da apatia, da inércia, da sensação de impotência, do escombro, do desencantamento? Como ativar a percepção de sensibilidades que foram soterradas? 

 

Tenho algumas intuições. Deixar apodrecer a aparente dureza da forma. Transformar a matéria. Alterar a percepção. Incorporar a imaginação. Tropeçar na norma e gargalhar depois. Ver de outros ângulos. Expurgar o desejo com irreverência. Arder de calor até contorcer em si mesmo. Habitar o vulcão desde sua interioridade. Ser uma criatura extraordinária. Perceber o erotismo no silêncio. Explicitar o sutil. O que mais? 

 

Para especular em ação, o corpo e o movimento são alvos de interesse. Assim como experimentar práticas de descanso; de escrita; de agitação; de toque; de criar para si enunciados mobilizadores; de estudar com e sem palavras.  

 

Serão três encontros para entrar em contato com esse universo.   

 

Isis Andreatta vive e atua em São Paulo desde 2013 onde trabalha como performer, coreógrafa e educadora em projetos pessoais e em colaboração com outros artistas. Foi artista residente do PACAP4/Fórum Dança em Lisboa onde desenvolveu o projeto solo “Verde Abismo”. Se interessa por investigar relações não hierárquicas entre percepção, imaginação e fisicalidade e desde 2015 tem expandido sua prática a partir de trabalhos realizados na intersecção entre saúde mental e artes performativas. É co-diretora do Grupo VÃO desde 2009.


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CÍRCULOS, MERGULHOS

com Julia Viana

Dias 17, 18 e 20/05 
2a, 3a e 5a - das 15h às 18h
no zoom  + 3h off-line

a qualquer momento uma queda - recomeçar, repetir sem perfeição o que acabou de acontecer - memória, sensação e pensamento - círculos, mergulhos e recomeços - esse laboratório está interessado na forma do círculo, nas ações de mergulhar, de cair e de recomeçar, na relação com o tempo e na percepção do tempo - no laboratório serão experimentados esses elementos (círculo, tempo, cair, recomeçar) através de práticas corporais e exercícios de criação.   

 

Julia Viana é artista e educadora. Vive e trabalha em São Paulo desde 2010. Atua no campo da dança, vídeo, artes visuais e práticas corporais terapêuticas chinesas. Investiga a relação entre imagem, sensação e movimento. Graduada em Dança e Mestre em Artes da Cena pela Unicamp. Integra os grupos e projetos artísticos Grupo VÃO, solo sul e Corpo Projeção

 

 

 


 

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O QUE ESTÁ POR VIR

com Patricia Árabe

 

Dias 24, 25 e 27/05
2a, 3a e 5a - das 14h às 17h
no zoom  + 3h off-line

 

Imagem 1

 

Desfecho: distância. fumaça por todos os lados. muita. nível baixo. fumaça solidificada camuflada. ausência de alguéns. encontro de alguéns. 

Um pouco antes do desfecho: distância. sons entre seres. nível baixo. ausência de alguém. luz colorida. um jato de fumaça. máximo do escuro. 

 

Imagem 2

Uma fruta podre e suas cores.

 

Imagem 3

Eu nunca mergulhei. Mas li, na carta bonita de uma amiga, que no momento so salto em um mar bravio as ondas batem na cara. Se ficar na superfície, não dá pra respirar, muito menos pensar. Que quando estamos em um semimatemoro, o melhor a fazer é colocar a mascara e submergir. Porque, se existir coragem de sair da superficie, as ondas não importunam e tudo é luz, cor, vida.   (Citação de “É preciso mergulhar” artigo de Bianca Santana, na Revista Cult. Outubro. 2018)

 

Imagem 4

mover, mover, mover e mover.

 

Imagem 9

se esquenta tem suor

calor / quente / aquecedor

abafar algo também gera calor

pra fritar, precisa de uma temperatura alta

o que esquenta faz mudar de matéria

 

Imagem 6

Posição de parir. Posição de trepar. Posição de atacar.Posição de manifestar. Posição de meditar. Posição de câmera.  Posição de. Posição em. Posição com. Posicionar-se.


 

Imagem 8 

o relevo do espaço todo acidentado com montanhas e depressões.

um corpo brotando do relevo.

 

Te convido para treinar a imaginação, criar e mover guiada por ela. Entusiasmar-se em brotar seres de terrenos aborrecidos. Conceber paisagens (devastadas ?), habitá-las e criar algo que as irrompam abruptamente. 

 

Interessa nesse laboratório traduzir uma imagem em movimento, um movimento em texto, um texto em cena, uma cena em vídeo, um vídeo em roteiro, um roteiro em performance, uma performance em pergunta, uma pergunta em prática, uma prática em dança, uma dança em toque, um toque em som, um som em figurino, um figurino em imagem…

 

...desencadear o que veio do outro, alterar a matéria.

 

Te convido para dar início ao que está por vir. 

Temos 3 dias para estar juntes, em prática. 

 

Patrícia Árabe reside em São Paulo desde 2010, onde desenvolve suas parcerias artísticas, entre elas estão o Grupo VÃO, os artistas Cristian Duarte e Clarice Lima. Estreou o solo Descarada no contexto do PACAP (2) / Fórum Dança e circulou no espaço Alkantara e na BOCA | Biennial of Contemporary Arts. Desenvolve o projeto transposição, contemplado pelo Iberescena 2019 - 2020 em parceria com as uruguaias Vera Gurat e Tamara Gomes e a brasileira Carolina Minozzi. Entende o corpo como agente da percepção e investiga o instante como potência performática.

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